Os Bons, Os Mal, Os Péssimos... E o Kiko... (edição especial de Halloween)
Atualizado: 22 de out. de 2020
NHAAAAIIII❤❤❤!!
XE-GAY!
Soy yo, Kathe aqui denuevo!
Eu sei, vcs estavam com saudades (não)! Mas não se fiquem tristes, eu aqui estou mais uma vez para a alegria de todos (não, po*÷÷@!).
Resolvi fazer esse post em homenagem ao gênero mais incompreendido do mundo - o terror!
SIIIIMMMM!! Essa forma de entretenimento antiga, que foi mal usada pela indústria de artes, que agora se resumiu em 150 temporadas de Supernatural e qualquer filme em que um gato salta do armário antes de vir o bicho te pegar.
Tô falando daquele terror que te marca para uma vida toda, e não é pegar as suas correspondências e ver a cartinha do Serasa falando que se vc não pagar suas contas, um oficial de justiça leva tua casa.
Não!
Tô falando do medo irracional de ir no banheiro e achar que a Samara vai te levar descarga abaixo, sabe-se lá como, mas ela vai! Tô falando da sudorese de ter um pesadelo e acordar do nada gritando VÓ!
EU TO FALANDO DA MALDIÇÃO DA MANSÃO BLY!

(2020, Netflix - criação de Mike Flanagan)
Seria uma espécie de "segunda temporada" de A Maldição da Residência Hill (Netflix, 2018 - criação de Mike Flanagan), porém segue uma linha parecida com American Horror Story: mesmos atores, histórias diferentes.
Para falar a verdade, quis fazer esse post especialmente porque Residência Hill me marcou profundamente: lá estava eu, no c* do mundo (literalmente), sozinha, doente da gripe e sem nada para fazer. Redes sociais em peso estavam falando dessa nova série, que acabei em algumas semanas... porque fiquei mesclando um episódio e um desenho da Disney para ver se o demônio tinha piedade de mim, e não puxasse meu pé a noite... aí descobri Sabrina também da Netflix... digamos que foram semanas bem loucas...
Para simplificar, a história é a seguinte: uma Au Pair ameri... estadunidense está a procura de um emprego em Londres, e se depara com uma oferta de trabalho em uma mansão no pacato vilarejo de Bly, onde terá que cuidar de dois irmãos que recentemente perderam os pais. Assim que chega na mansão, se depara com várias coisas estranhas e segredos escondidos não só pelos que trabalham na casa, assim como o estranho comportamento das crianças.
FALA SE NÃO GOSTOU DA DESCRIÇÃO?! Sim, foi eu que fiz 😬, mas é tudo para não dar muito spoiler e que vc consiga ter a melhor experiência possível enquanto assiste.
Por isso, a análise vai ser mais meu parecer enquanto assisti essa série, comparando com a sua antecessora Residência Hill. E, se por acaso, tiver um spoiler, colocarei um SPOLIER gigantesco antes de vc ler o restante, e uma sinalização de onde o spolier terminar.
Dito isso, BORA LÁ!
Os Bons
Nem preciso falar muito aqui da minha queridíssima Victoria Pedretti! A mulher tem o poder de fazer vc sentir medo, cagaço e dó tudo junto. Não sei como ela consegue isso, só sei que ela consegue (se vc não lembra de quem estou falando, ela é a Nellie, a irmã mais nova de Residência Hill que desencadeia os eventos da história). Aqui ela é a au pair Dani Clayton em busca de um novo começo na London calling e se depara com uma oferta de emprego pelo tio das crianças, Henry Wingrave, interpretado por Henry Thomas (esse interpretava a versão mais nova dos pais dos 5 irmãos em Residência Hill).
MAS ASSIM, PEOPLE! Preciso falar dessa criatura aqui!

Benjamin Evan Ainsworth, que interpreta um dos irmãos, Miles Wingrave! ESSE MOLEQUE VAI FAZER TUA CABEÇA PIRAR A TODO MOMENTOOOOOOOOO!!!
Tudo isso pq quando ele é apresentado na trama, vc realmente acha que alguém deveria afogar essa pe.... fazer algo sobre, ao mesmo tempo acha que talvez a interpretação dele tá um pouco demais, muito adulta... aí tuas respostas vem conforme a história vai se desenrolando e BOOM! Cabeças explodindo.
A história tem fantasmas, mas são bem diferentes dos apresentados na Residência Hill: não aparecem com tanta frequência, mas SPOILER MÍNIMO todos eles tem "que" dos mortos de Viva - A Vida é uma Festa (2017, Disney - direção de Adrian Molina, Lee Unkrich), são entidades que começam a desaparecer com tempo, pois não tem quem lembre deles... são bem tristes e quase não dão medo - e eu achei muito interessante o conceito de fantasmas que quase não dão medo.
Se o antecessor fala bastante sobre laços e como é difícil aceitar que existam coisas erradas naqueles que vc mais ama, aqui a história foca muito nos traumas e como eles afetam seu dia a dia, mesmo sem vc perceber. E quem "explica" muito bem sobre isso é a fabulosa T'Nia Miller, que interpreta a governanta Hannah Grose, em um dos episódios que vc começa a matar a charada do que está se passando lá.

Os Mals
Assim, bora falar a verdade. Mansão Bly não tem comparação em terror com Residência Hill. Deixa um pouco a desejar, infelizmente.
Residência Hill tem o terror encravado na história, faz parte dela; sem ele não tinha como contar a tragédia familiar dos Crain e como isso afetou e continua afetando suas vidas.
Já Mansão Bly tem um toque bem sutil só que muitas vezes parece que poderia não ter... SPOILER GRANDE como a história da Dama do Lago, a transformação da casa, a morte de antiga babá (Tahirah Sharif) e o suposto sumiço de Peter Quint (Oliver Jackson-Cohen).
Primeira grande diferença é que a história é narrada por uma personagem interpretada pela Carla Gugino, então se transforma em algo uma "cautionary tale"; a casa é mal assombrada, mas diferente da casa que é um dos personagens principais de Residência Hill, aqui é só mais um elemento pra história... alias, se vc reparar bem, a casa tem um layout bem parecido com a primeira, só quem em escala bem menor.
E, sim! Vamos falar de Flora (Amelia Bea Smith), que transiciona não muito bem de uma criança muito educada que chega a assustar, a uma criança com alma de uma velha de 70 anos com seus "perfeitamente esplendido".
Os meus pesares vão realmente para Owen, personagem interpretado por Rahul Kohli. Vc vê que o ator tem carisma, mas não é muito bem aproveitado na trama. SPOILER MUITO GRANDE aliás, a abertura da série dá a entender que todos ali fizeram coisas pra levar culpa no cartório, só que o personagem não tem!
Os Péssimos
A cereja do ranço vem com dois perosnagens: Henry Wingrave, que a todo momento é apresentado como uma pessoa de dupla personalidade, tendo até um "Ruth e Raquel" ali que é muito mal aproveitado... SENHORA NETFLIX, MAS QUE BO#¨@ HEIN?!

A cara desse m#$@. Parece aqueles vizinhos que as pessoas insistiam em falar que eram educados, mas vc sabia que tinha que chamar a polícia, com toda a certeza do mundo tinha gente trancada no porão da casa.
Outra coisa que me pegou, assim, vcs vão achar que eu tô sendo chata (talvez eu esteja), mas foi a po$$@ do sotaque do personagem interpretador por Oliver Jackson-Cohen, Peter Quint. Era pra ser um personagem proveniente de alguma parte da Escócia, mas... AAAAAAAAAAHHHHHH QUE ME$%@ DE SOTAQUE! Fui atrás para ver se tinha algumas pessoas que sentiram o mesmo asco de CALA A BOCA, POR FAVOR, que eu senti quando estava assistindo... para minha surpresa, teve gente que achou que o personagem era proveniente de alguma parte da França (como vc sabe que o personagem era pra ser escocês, Katherina? Eu só sei pq todo escocês fala hôuz - house).
E o Kiko?
A antiga babá, personagem interpretada por Tahirah Sharif, é uma outra um pouco mal aproveitada na história, mas é compreensível até certo ponto. Já a jardineira interpretada por Amelia Eve vc meio que esquece que ela existe, mas ela tem um propósito na história que vc vai entendendo com o passar dos capítulos, não desistam dela!
A pergunta é: Vale a pena?
SIM!
Deixo claro que não é igual ao seu antecessor, mas ainda te arranca umas lágrimas e te faz pensar se vc não tem uns fantasminhas iguais andando por aí pela sua casa ❤.
São nove capítulos que contam muito bem a história sem enrolar muito.
Vale lembrar que a trama é derivada de um livro chamado A Volta do Parafuso de 1898, escrito por Henry James. A série foi adaptada para os anos 80 pq digamos que é a última década que vc conseguia se enfiar dentro do mato tranquilamente sem ninguém te encher o saco.
Bom, é isso aí, cambada!
Voltarei com mais na próxima semana.
Beijo, beijo, TCHAU TCHAU.